quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Se dum lado chove do outro troveja...

Que é como quem diz "venha o Diabo e escolha" Ora bem passo a explicar. Durante muito muito tempo assistimos mais ou menos inertes às patacoadas sindicais que por sabe lá qual o motivo (mas desconfio), cada vez que reuniam com o ministério a nossa situação piorava. Teimaram nas teorias do PCP e lixaram-nos com F grande... (claro que haverá muitos colegas que não concordam, mas esta é a minha opinião, vale o que vale). Hoje qual não é o meu espanto, e depois de finalmente a comunicação social começar a falar dos problemas de enfermagem (ALELUIA,gostava de saber que bicho lhes mordeu, mas a cavalo dado não se olha o dente), vem o Sr Ministro defender o indefensável com uma patacoada. Bem apenas posso falar por mim, e propositadamente vou deixar de fora da minha analise o que observo nos colegas com que trabalho e com quem troco opiniões nos poucos períodos de pausa, acusa o Sr Ministro que a exaustão dos profissionais de enfermagem se deve à acumulação de funções no privado e social. Ora bem se os enfermeiros fossem remunerados convenientemente se calhar não precisavam de duplo em prego para sobreviver, porem não é este o meu caso apenas trabalho no sector publico e cada vez recebo menos. O que muita gente não percebe ou finge não querer perceber é que trabalhar por turnos, de noite e aos fins de semana é muito penoso e desgastante, até à algum tempo atrás este agravamento da penosidade era compensado no ordenado, agora depois destas contenções cortaram para metade as horas de compensação. Neste momento depois da redução trabalho aos fins de semana, feriados, noites e no final do mês nem o ordenado base levo para casa. Explique-me Sr Ministro qual a minha motivação para trabalhar por turnos e diga-me se trabalhar assim sem alternativa de mudar não dá exaustão psicológica? Enfermeiro movido a café.

domingo, 12 de maio de 2013

Dia do Enfermeiro- a minha reflexão

12 de Maio Dia Internacional do Enfermeiro



Em todas as comemorações e aniversários algumas pessoas têm tendência para fazerem retrospectivas e perspectivarem o novo ano que agora se inicia, eu sou uma dessas pessoas.
Ao assinalarmos mais um dia do enfermeiro não posso deixar de pensar nos ataques que sofremos neste ultimo ano, mais uma vez fomos marginalizados dentro do SNS, mais uma vez fomos tratados como actores de segunda categoria que apenas prestam vassalagem aos protagonistas principais. Vimos o pagamento das horas prestadas em serviço nocturno e fins de semana reduzidos a metade, em nome de uma contensão económica que lesa sempre os mesmos, enquanto outros profissionais do SNS que alem de receberem horas extra em barda ainda vêem o salário valorizado em 800€ por mais 5 horas semanais  (que na maioria dos casos não cumprem, mas isso é outra historia).
As organizações de enfermagem, nomeadamente os sindicatos têm-se mantido muito ocupados em defesa dos CIT (e bem) todavia têm-se esquecido dos outros CTFP com inúmeros anos de serviço que há mais de uma década não progridem na carreira e que ainda não foram integrados na nova carreira (por muito má que seja) e que em nada se viram valorizados, têm-se esquecidos dos muitos colegas que com sacrifício pessoal e monetário foram adquirir novas competências, são reconhecidos como especialistas pela OE mas que não constam na nova carreira. Se calhar seria de colocar estes itens na agenda para que no próximo 12 de Maio possamos ter algo que comemorar.
Contudo não seria justo se não referi-se as preocupações sobre estas matérias do SIPE e o documento que enviaram ao MS bem como a campanha publicitaria da OE e que na minha modesta opinião esta muito bem elaborada, finalmente se percebeu que temos que vender a nossa imagem e que disso depende o modo como a sociedade nos vê. Agora temos todos nós nos nossos locais de trabalho concluirmos esta campanha e demonstrarmos aos nossos utentes/clientes e respectivas famílias a nossa impressibilidade no SNS.

domingo, 28 de abril de 2013

Carta aberta aos Enfermeiros

Caros colegas


Estou farto de ver nas redes sociais as publicações lamecha que os colegas publicam.
Como já defendi muitas vezes a conotação da profissão com valores de comiseração e compaixão para com os doentes só dimuinuiem o valor social da enfermagem. Quem ajuda é voluntário e não "merece" remuneração, a ajuda é por amor, pena ou compaixão!
Claro que na enfermagem existe a relação de ajuda para com o utente / cliente, mas esta relação deve ser profissional e de  busca da maior autonomia possível do utente / cliente.

Caros colegas por favor deixem-se de visões piegas da profissão e afirmem-se como profissionais sérios e dignos de reconhecimento.

 Atenciosamente

Enfermeiro movido as café

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Os meus desejos para o novo ano

Desejo que o novo ano traga maior reconhecimento profissional mpara todos os enfermeiros.
Desejo que todos os enfermeiros se afirmem nos seus locais de trabalho e nunca aceite que os tratem com subalternos.
Desejo que os enfermeiros sejam leais entre os seus pares, que nenhum enfermeiro acuse um colega apenas para ficar nas boas graças e ser promovido.
Desejo trabalhar na minha profissão e ser remunerado como mereço.
Desejo que os sindicatos sejam realmente organismos de representação dos enfermeiros e que lutem apenas pelos seus interesses.

Se uma parte destes desejos se cumprirem certamente que teremos um 2013 bom para os enfermeiros!

Pela dignificação da profissão sempre

Feliz Ano Novo

domingo, 23 de dezembro de 2012

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ódio viral

Quando por mero ódio viral tentam diminuir a minha profissão terão em mim um opositor feroz e que nunca dará tréguas.
Lutarei com todos os meios pela dignidade da minha profissão, e quando digo todos os meios são mesmo todos.
Quanto mais baixos forem os golpes, mais elevada será a resposta.
Estarei sempre no patamar superior, e podem estar seguros que continuarão a olhar de baixo.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Trabalho com... Não trabalho para...

Em diversas ocasiões da minha vidas profissional fui obrigado, pelas circunstancias, a relembrar que Trabalho com... Não trabalho para...

E houve necessidade de fazer tal afirmação porque alguns elementos da classe médica pretendiam subalternizar-me, e isso meus amigos este Enfermeiro nunca aceitou nem aceitará!

Caros colegas nos serviços públicos de saúde os enfermeiros têm a sua cadeia hierárquica definida e em nenhum cargo dessa cadeia de encontra alguém que não seja Enfermeiro. 

Trabalhei, trabalho e trabalharei sempre em colaboração com a classe médica mas nunca me digam que o doente é do médico e que só ele toma decisões. Dentro da minha área de atuação, e conforme está expresso nas nossas competências definidas (e bem) pela OE, tenho plena autonomia para implementar os cuidados que se justifiquem.

Ora se esta é a minha postura em contexto de trabalho, e espero que seja a de muitos colegas, não aceito agora que as ações de luta  em defesa do SNS sejam conjuntas, porque se tal acontecesse a enfermagem apareceria logo como profissão subalterna. E tenham a certeza que os médicos fariam questão de nas intervenções á comunicação social de nos apresentar como acólitos.

O presidente do SEP abordou o tema em entrevista no dia da greve dos médicos, ações conjuntas. Mas caro amigo isso seria mais um tiro no pé da enfermagem portuguesa, e de tiros no pé estamos todos fartos.
O sr  presidente do SEP, precisa de ouvir os enfermeiros, porque até agora parece que só escutou.